Refazer o Viver!

Apontar é fácil,
Difícil é estender a mão e falar:
- Eu te ajudo a arrumar isso,
Te ajudo, a não fazer novamente,
Estarei ao seu lado quando se sentir fraco!

Largar mão é fácil,
Difícil é querer participar,
É encontrar alguém para dar a mão,
E junto deste alguém reaprender a viver!

Criticar é fácil,
Difícil é ter coragem de se assumir,
De se expor,
De opinar!

Estar do lado de cá é fácil!
Difícil mesmo é se colocar no lugar do outro
Ser amigo mesmo
E com o outro começar a refazer o viver!

Novo Começo

Pra que a gente escreve?

Pra tornar algo eterno,

Pra tirar algo de dentro,

Pra falar algo ao mundo,

Pra levar o pensamento à fundo!

Eu escrevo, pra voltar ao mundo,

pra elevar a minha alma,

Eu escrevo pra compartilhar vida,

Pra cicatrizar feridas,

Pra eternizar sorrisos!

Pra que a gente ama?

Pra sofrer,

Pra morrer,

Pra sonhar ou pra doar?!

Pra que a gente nasce?

Porque a gente sofre,

Pra que a gente corre?

Se o final de tudo é o fim?

Pra que a gente escreve?

Pra que todo fim seja um novo começo!

Sozinhos Nunca

E não estamos sozinhos nunca!

Estamos sempre seguindo,

encontrando novos céus,

Novas constelações,

Novos sóis!

E na vida não precisamos de motivos,

Precisamos de sonhos,

Precisamos de anjos,

Seguirmos cometas,

Aceitarmos estrelas, semear o amor...

Ah o amor, aquele que dissolve as barreiras mais densas!

Aquele que nos move...

E a vida não para, apenas se renova...

Ciclos

Somos feitos de etapas,

Somos feitos de fases

Estações e elementos.

Somos feitos de dias,

De horas e anos...

Somos feitos de tempo...

Somos feitos de pessoas,

Somos lapidados, por sentimentos...

Somos elementos de sonhos,

Somos escravos de pensamentos.

Somos parte de vários ciclos,

Somos círculos, infindos de graça e medo.

E cada ciclo que se inicia,

Carrega consigo uma nova missão,

Um novo sonho,

Uma nova luz...

E cada ciclo que se encerra, inicia um novo...

Como as primaveras que carregam consigo um novo verão!

Como o dia, sobrepõe a noite...

E assim nada é para sempre,

O sempre não existe,

O sempre é eterno 

Em cada ciclo, em cada sonho

Em cada céu, em cada segundo inerte!

Intermináveis

Eu quero beijos intermináveis

Até que nossos olhos

mudem de cor,

Se transformando em irradiantes

Estrelas

Que habitarão meu céu,

Onde eu possa me perder,

Sem medo,

Sem receio e sem pudores...

Quero beijos intermináveis,

Que me roubem a alma,

Que transformem minhas cores,

Que me façam derreter...

Me elevem ao céu,

Onde possamos dançar,

sob a luz das estrelas...

Aquelas mesmas,

De nossos olhos...

E amanhã as lembranças,

Transformadas em saudades...

Estará guardada,

No cofre de minha alma,

Sob o luar se tornaram...

Intermináveis!

Máquina do Tempo

Queria a máquina do tempo,

Para retornar ao passado

E reviver as mesmas experiências novamente,

Queria revivê-las hoje pra sentir,

Com a mesma intensidade

E já sabendo quão grandiosas foram...

Queria ser artista,

Dotado de inspiração,

Pra eternizar cada momento,

Outrora vivido,

Pra que eu posso compartilhar, 

Com nossos filhos...

A grande magia de se ter bons amigos.

Queria ser vento,

Brisa,

Que retorna a cada nova estação...

Queria cada lembrança novamente...

Cada diálogo,

Cada sorriso,

Cada aprendizado...

Queria rever nossa casa...

Desde o alicerce e mais uma vez 

Dizer...

Não me arrependo de nada,

Pois tudo que sou eu conquistei!

Imãs do Universo

Realmente,

Não é preciso estar junto,

Para se estar perto!

A vida trata de aproximar,

Conectam as almas,

Que se reconhecem pela cor,

Pela luz,

Pelo brilho!

Almas afins,

Navegam bastante,

Até que se encontram!

Na vida,

No amor ou na amizade!

Elas passeiam,

Até se reconhecerem...

Nós podemos errar,

Mas, nossas almas não!

Elas são sábias e precisas

Não precisam de muito!

Se comunicam entre si,

Como imãs no universo!

Comemorando, antes de acontecer...

Brilhando antes de amanhecer!

Como o Sol ilumina as estrelas...

A cada anoitecer!

Devaneios

O que são devaneios?
Se não,
Desejos ocultos de uma alma
Pulsante!

Sonhos marcantes,
De vidas intensas,
Vôos repletos de cor e alegria!

Devaneios são os mais íntimos desejos,
De um coração vivo,
São as cores,
Das flores mais belas,
Fantasias de criança,
Imagens que dançam!

Devaneios são inspirações,
São impulsos,
Que a mente pede,
E pra alma não parar de voar!

Cresci

Cresci,
Borboleta voei e colori,
Aprendi!
Oceanos de emoções,
Lágrimas, sol e escuridão!

Me perdi,
Encontrei em muitas faces,
Silêncios de paz!
Em muitos olhos a compreensão,
Em muitos abraços conforto lilás!

Vivi,
Quatro estações de puro Amor!
Calor de verão no carnaval!

Dor,
Em cada fria despedida,
No inverno do coração!

Esperança,
Em cada semente de outono,
Plantada em meio a dança!

Flori,
Em cada primavera,
A luz da criança!

Cresci,
Como borboleta
No meio da imensidão!
Colhendo polém das flores,
Do jardim do coração...
Renasci, a cada começo
Na esperança de um novo fim!

Ou não?

E quando aquele amor,

Tão lindo, Aparenta apetrecer,

Ele merecerá um tempo, 

Para sabermos se adormeceu como vulcão?

E voltará, ainda mais belo e valente?

Ou terá apetrecido de vez 

Ao ponto de  formar ilhas de belas e mágicas lembranças?

Afinal,

O bom do amor não morre, 

Fica sempre nos corações de quem amou!

Como mágicos peixes, 

E cantos de sereias, 

Em ilhas de vulcões adormecidos, apetrecidos...

Ou não?